quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Memória Descritiva do 2º Trabalho da 1ª Unidade de trabalho

Depois de muita ponderação, eu e a minha colega, Maria Laura Medeiros, decidimos usar como referência Sophie Calle na elaboração deste trabalho de pares na sequência do seu trabalho "Translator into SMS language", em que Calle mostra um texto a uma desconhecida, no metro ou comboio, e fotografa a sua reacção perante o que lê. Escolhemos este trabalho específico por termos uma certa curiosidade em ver as expressões faciais das pessoas perante aquilo que vêem, pois essas expressões conseguem mostrar-nos em que é que a pessoa pensa e como cada mente humana é diferente. A diferença mais significativa entre o trabalho de Calle e o nosso é, sem dúvida, o timing da fotografia, ou seja, enquanto Sophie fotografou o próprio acto de leitura e as expressões durante esse mesmo acto, nós optámos por fotografar a expressão após a observação do elemento que proposemos para observação.
Como em qualquer trabalho de fotografia, existe um espaço envolvente, nós escolhemos um espaço escuro para podermos captar melhor e com mais eficiência a imagem. Um ambiente natural escuro, até mesmo com um fundo negro, e com pouca luz artificial.
O trabalho consiste na montagem de uma sequência panorâmica de 9 fotografias captadas, por uma máquina Polaroid, na marina antiga. Essas fotografias foram tiradas a um canto que, fotografando para a esquerda, captava barcos atracados no porto e parte do Casino e, para a direita, captava rochas e mar. Montámos a sequência colando no fundo, recriando a paisagem já existente. Em seguida, pedimos a 5 colegas nossos, Laura Franco, Eunice Ruivo, Valentim Toste, Maria Alice Moniz e Nuno Pereira, para observarem a sequência de modo a que, com a máquina fotográfica digital compacta, conseguíssemos ver e recolher a expressão de cada um deles.
Como já referi acima, começámos por usar uma máquina Polaroid para a primeira parte do trabalho (sequência panorâmica de 9 fotografias) e, para a segunda parte, usámos uma máquina fotográfica digital compacta. Como nenhuma destas máquinas tem opções de abertura de imagem e/ou velocidade de disparo, tivemos que usar os modos de fotografia ou o modo de fotografia, sendo ele o automático com e sem flash. Este modo proporcionou-nos o tom alaranjado durante as fotografias da observação e expressões (automático sem flash) e o mais claro que conseguimos na primeira e última fotografias (automático com flash).

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